O transtorno do espectro autista (TEA) é uma condição do neurodesenvolvimento que afeta a forma como uma pessoa se comunica, interage socialmente e se comporta. As características principais do TEA incluem dificuldades na comunicação social e interação social, além de padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses e atividades.

As dificuldades na comunicação social podem incluir dificuldade em iniciar ou manter uma conversa, compreender gestos e expressões faciais, ou entender a intenção social de outras pessoas. As pessoas com TEA também podem apresentar comportamentos repetitivos, como movimentos estereotipados, fixações em objetos ou interesses específicos, e rotinas inflexíveis.

O TEA é uma condição que pode variar em sua gravidade e sintomas, por isso é chamado de “espectro”. Algumas pessoas com TEA têm habilidades de comunicação e intelectuais avançadas, enquanto outras podem ter deficiências graves em ambas as áreas. O diagnóstico de TEA geralmente é feito através de avaliação clínica e observação do comportamento da pessoa.

O transtorno do espectro autista (TEA) é classificado em níveis de suporte. Essa classificação é baseada na gravidade dos sintomas e na necessidade de suporte que a pessoa com TEA precisa para se adaptar às demandas sociais e ambientais.

Os níveis de suporte incluem:

Nível 1: Requer suporte

As pessoas com TEA no Nível 1 apresentam dificuldades sociais, de comunicação e comportamentais, mas geralmente conseguem se adaptar às demandas da vida diária com suporte adequado. Podem ter dificuldade em iniciar ou manter uma conversa, entender piadas ou sarcasmo, lidar com mudanças na rotina ou tolerar ruídos altos. No entanto, com o apoio adequado, podem frequentar escolas regulares, ter amizades e trabalhar em empregos adequados às suas habilidades.

Nível 2: Requer suporte substancial

As pessoas com TEA no Nível 2 apresentam mais dificuldades sociais, de comunicação e comportamentais que requerem suporte substancial. Podem ter dificuldades significativas em comunicar suas necessidades, demonstrar interesses restritos ou comportamentos repetitivos que podem interferir na vida diária. Geralmente requerem apoio mais intenso em ambientes sociais e podem precisar de escolas especializadas, terapias e suporte para atividades diárias.

Nível 3: Requer suporte muito substancial

As pessoas com TEA no Nível 3 apresentam dificuldades graves em comunicação social, comportamento e interesses, que requerem suporte muito substancial. Podem ter pouco interesse em interagir socialmente, dificuldades significativas em comunicar suas necessidades e podem apresentar comportamentos repetitivos que interferem significativamente na vida diária. Geralmente requerem suporte intenso em todos os aspectos da vida, incluindo escolaridade, atividades diárias e terapias.

Vale ressaltar que a classificação em níveis de suporte não define a pessoa com TEA, mas sim o grau de suporte necessário para que a pessoa possa alcançar seu potencial máximo e viver uma vida significativa e independente.

As diferenças nos sintomas do transtorno do espectro autista (TEA) entre homens e mulheres ainda são objeto de pesquisa e debate. No entanto, estudos recentes sugerem que mulheres com TEA podem apresentar sintomas diferentes dos homens, o que pode levar a um subdiagnóstico em mulheres.

Algumas diferenças possíveis incluem:

  • Interesses restritos e comportamentos repetitivos: Mulheres com TEA podem ter interesses restritos que são mais socialmente aceitáveis do que os dos homens, como obsessão por celebridades ou animais de estimação. Além disso, podem ser mais propensas a apresentar comportamentos repetitivos internos, como morder as unhas, ao invés de comportamentos externos, como movimentos estereotipados.
  • Comunicação social: Mulheres com TEA podem ser melhores em camuflar suas dificuldades sociais, como a falta de habilidades sociais e dificuldades em ler expressões faciais. Elas também podem ser mais propensas a imitar comportamentos sociais, mesmo que não os compreendam completamente.
  • Diagnóstico tardio: Mulheres com TEA tendem a ser diagnosticadas mais tarde do que os homens, em parte porque suas diferenças nos sintomas podem ser menos visíveis e menos bem compreendidas pelos profissionais de saúde. Etc…

É importante notar que essas diferenças são apenas possíveis tendências e que as diferenças individuais são mais importantes do que as diferenças de gênero na apresentação do TEA. Além disso, o diagnóstico do TEA deve ser baseado em uma avaliação completa das características e sintomas da pessoa, independentemente do gênero